A partir da crescente demanda por conectividade, vemos cada vez mais organizações migrando os seus estilos de gestão para o ecossistema digital. Nessa ótica, tal fato se traduz também na esfera pública, que vivencia a digitalização como nunca antes.
Diante dessa realidade, a tecnologia urbana ganha espaço para que os governos digitais se liguem às cidades inteligentes, a fim de aproximar a rotina dos cidadãos das facilidades tecnológicas e, ainda, estreitar laços entre a população e os gestores eleitos.
Assim, aos municípios e estados que querem elevar a digitalização nos seus processos, crescem os questionamentos sobre o que diferencia, na prática, uma cidade inteligente de um governo digital. Seriam sinônimos?
Hoje, vamos explicar os conceitos, as suas singularidades e quais são os benefícios práticos que o poder público acessa ao adotar os modelos modernos. Siga a leitura e tire todas as dúvidas de como a sua cidade pode se aproximar da transformação!
Para ilustrar este conceito, podemos pensar em uma teia de aranha, onde todos os pontos se ligam a um centro comum.
Essa imagem sintetiza a ideia de cidade inteligente, uma vez que, neste modelo, a tecnologia é o centro da teia, responsável por conectar tudo o que acontece no município e unificar os processos.
Por exemplo, em Porto Alegre, a possibilidade de pagar a passagem de ônibus via PIX liga-se a outras iniciativas da prefeitura, mirando à inovação no setor público, como a emissão online de contas de água, para facilitar o cotidiano dos moradores da cidade.
Outro município que aposta na conectividade é Florianópolis, que com a instauração do APROVA trouxe aos moradores facilidade para emitir documentos eletrônicos, ao mesmo tempo que permite que a prefeitura monitore de maneira ágil e integrada os processos municipais.
Desse modo, na prática, a cidade inteligente aposta na transformação digital, beneficiando o aumento do engajamento dos cidadãos com iniciativas que:
O governo digital, por sua vez, é parte da cidade inteligente, já que diz respeito exclusivamente à digitalização dos serviços e dos processos públicos.
Nesse cenário, a principal marca deste modelo de gestão é a eficiência, acompanhada pela redução de custos graças à digitalização de processos burocráticos, que traz para o caixa da cidade economias expressivas.
Assim, o munícipe recebe por e-mails avisos quanto às melhorias que a prefeitura faz na cidade, é beneficiado com a implementação do IPTU Digital, que facilita o acesso às faturas em aberto e conta com portais eletrônicos para tirar dúvidas com a prefeitura.
Retomando ao exemplo do APROVA em Florianópolis, este recurso transformou o governo da cidade em um governo digital, já que dentre as suas facilidades, possibilita que a abertura de empresas aconteça em poucas horas, direto pelo site.
Portanto, no governo digital, os maiores benefícios são:
Para responder à dúvida principal deste tema, antecipamos a seguinte ideia: é possível ter governo digital sem cidade inteligente, mas é impossível ter cidade inteligente sem governo digital.
Tal frase sintetiza a principal diferença entre os termos, que têm a tecnologia como ponto comum, mas se distinguem porque o governo digital está dentro do "guarda-chuva” do que configura uma cidade inteligente, com conectividade de processos.
Por isso, a complementaridade está justamente na digitalização dos serviços públicos, que vai desde os sistemas de emissão de documentos até a comunicação municipal inovadora que a prefeitura passa a adotar quando usa recursos tecnológicos.
Nessa lógica, como a adesão ao governo digital é uma das etapas para tornar a cidade mais inteligente, é comum as prefeituras iniciarem por ele, para depois evoluírem aos modelos mais robustos de município interconectado.
Migrar um município para o ecossistema digital pode ser uma tarefa bastante desafiadora, especialmente porque demanda planejamento estratégico de investimentos em políticas que tragam impactos positivos para os cidadãos e para os caixas públicos.
Por isso, a maioria das cidades iniciam pelo governo digital para depois expandir a tecnologia para outros processos, já que essa ação abre espaço para iniciativas sustentáveis e cada vez mais próximas das necessidades da população.
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